As doenças do aparelho circulatório e o cancro foram as principais causas de morte em 2014, segundo o INE. A mortalidade prematura devido a doenças do aparelho circulatório aumentou 2,4% em relação ao ano anterior. Este tipo de doenças estiveram na origem de 32.288 óbitos, ou seja 30,7% da mortalidade total do país. Os tumores malignos foram responsáveis por 26.220 mortes, o correspondente a 24,9% da mortalidade no país, mais 1,2% que no ano anterior.
Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) estiveram na origem de 11,2% das mortes no país (11.808 óbitos). A doença isquémica do coração é responsável por 7,1% do total das mortes com 7.456 óbitos. Já o enfarte agudo do miocárdio matou 4.619 pessoas em 2014 (4,4% do total da mortalidade no país).
O INE refere mesmo que se perderam “112.817 anos de vida devido a tumores malignos. Este conjunto de doenças vitimou mais homens (59,7%) do que mulheres (40,3%), o que resulta numa proporção de mortes de 148 homens por cada 100 mulheres. A idade média das mortes por cancro situou-se nos 72,7 anos, sendo mais elevada para as mulheres (73,7 anos) do que para os homens (71,9 anos). Os tumores malignos que mais mataram em 2014 foram os da traqueia/brônquios/pulmões, seguidas do cólon, recto e ânus.
Os tumores malignos da próstata são a quarta causa de morte na categoria dos cancros, mas aumentaram 4,3% em 2014. Foram 1.719 os homens que morreram devido a cancro da próstata em 2014, mantendo-se, no entanto, a média de idades, próxima dos 81 anos.
As mortes por doenças do aparelho respiratório diminuíram 3,7% em 2014 face ao ano anterior. No total forma 12.164 as pessoas que faleceram devido a doenças do aparelho respiratório, a maioria dos quais homens (51,9%). A idade média de óbitos por este tipo de doenças foi de 84,4 anos para as mulheres e de 80,9 anos para os homens.
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas causaram 5.497 mortes, menos 4,8% que no ano anterior. A diabetes mellitus é a doença que lidera, com 4.275 óbitos, mas também sofreu uma redução face a 2013 da ordem dos 6%. Esta causa de morte atinge principalmente mulheres com uma média de mortes de 76,5 homens por cada 100 mulheres.
Os suicídios foram a causa de morte que mais aumentou em termos relativos, 16,1% face ao ano anterior. Foram 1.223 os suicídios registados em 2014. Os homens lideraram nas mortes “por lesões autoprovocadas” (76%), o que corresponde a uma relação de 310,4 mortes masculinas por cada 100 femininas.
As causas de morte onde os homens lideram são os “acidentes de transporte e sequelas” com 403,7 homens a morrer por cada 100 mulheres. Seguem-se os suicídios, com 310, 4 homens por cada 100 mulheres. O envenenamento acidental é a terceira causa de morte onde os homens lideram destacados, com 252,4 mortes por cada 100 de mulheres.