📅 O que você sabe sobre suicídio de pessoas idosas?
1️⃣ Recorte de gênero: homens representam 84% das mortes por suicídio nessa população acima dos 60 anos. Com relação às mulheres, a faixa etária em que mais mulheres morrem por suicídio é dos 50 aos 55 anos (3,68 suicídios a cada 100 mil habitantes). Os dados são do IBGE e não há menção a pessoas não-binárias.
2️⃣ Violência não tem só a ver com violência física. Retirar a autonomia de uma pessoa, dar menos valor às suas opiniões, cercear seu direito de ir e vir também são formas violentas de se relacionar com alguém – e, infelizmente, é algo a que muitas pessoas idosas são submetidas.
3️⃣ Muitas cidades não são planejadas para pessoas idosas caminharem. Muitos lugares não oferecem planos de lazer e cultura acessíveis a pessoas idosas. E, numa sociedade em que muito se valoriza o quanto uma pessoa produz, o encerramento da vida profissional pode vir atrelado a uma sensação de perda de valor enquanto ser humano. Para mulheres, entra também em jogo a forma que corpos femininos são vistos em nossa sociedade: como algo que é belo quando é jovem e que, depois de envelhecer, torna-se “feio” e “sem valor”.
4️⃣ Etarismo é o nome do preconceito contra pessoas idosas. É importante que nesta data de 15 de junho todos nós realizemos importantes reflexões sobre como nós nos relacionamos com pessoas idosas. Devemos atentar para além das violências mais explícitas (sejam elas físicas ou psicológicas). Impaciência com pessoas idosas (quando elas estão andando na rua, fazendo compras ou contando suas histórias), crenças de que elas tem menos potência de agir ou capacidade de sentir ou pensar porque são “só umas velhas” também são formas mais sutis que o etarismo se manifesta – mesmo quando não dizemos nada a essas pessoas.
❗Por isso, é importante que repensemos a forma que tratamos as pessoas idosas ao nosso redor – e que, além disso, lutemos pela consolidação de políticas públicas voltadas para a promoção de saúde e bem-estar que também incluam essa população.
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