📰 Em reportagem da Folha de hoje, noticiou-se uma morte por suicídio no MPSP no dia 29 de junho de 2022, bem como duas mortes ocorridas nos dias 10 e 11 de maio de 2023. Também no dia 11 de maio, um trabalhador do MPSP tentou suicídio, mas foi impedido por transeuntes. O que esse cenário nos faz pensar sobre saúde mental?
1️⃣ A matéria lista assédio moral, pressão emocional, acúmulo de funções e sobrecarga de trabalho como elementos constituintes de um cenário onde os trabalhadores adoecem cada vez mais. O medo de realizar denúncias e sofrer represálias é outro fator que contribui para o aumento do mal-estar entre esses trabalhadores.
2️⃣ Cria-se uma panela de pressão quando uma pessoa se vê em necessidade de cumprir funções que não necessariamente são as dela e/ou de dar conta de um volume de trabalho incessantemente crescente, sendo submetida a pressões psicológicas por parte de superiores e com receio de se afastar e sofrer alguma represália (punição vinda dos superiores, acúmulo de tarefas, preconceito…)
3️⃣ Há um limite físico, mental e indissociável do fato de sermos humanos do quanto uma pessoa é capaz de produzir. A reprodução de discursos de que “se a pessoa se esforçar ainda mais, ela conseguirá produzir ainda mais” não é apenas desonesto como também é desumano. Precisamos olhar com mais atenção para como os trabalhadores estão sendo tratados – caso contrário, apenas campanhas de Setembro Amarelo não terão efeito algum.
4️⃣ Lembramos que sempre o suicídio é multifatorial e que o burnout pode ser um gatilho.
5️⃣ Para saber mais, consulte a reportagem na íntegra da Folha e o perfil @nenhumservidoramenosmpsp E lembre-se sempre: em caso de necessidade, o CVV atende ligações gratuitamente pelo número 188 e o @mapasaudemental elenca locais de serviços de atendimento psicológico gratuito.
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