❤️ Se você já pesquisou sobre o tema, talvez tenha se deparado com informações como “as taxas de suicídio são maiores em pessoas solteiras, divorciadas ou viúvas”. Mas como devemos interpretar esses dados?
🗣️ Repousar numa resposta simples como “com base nesses dados podemos concluir que o casamento é um fator de proteção contra o suicídio” pode nos levar a análises equivocadas. Isso porque uma frase como essa não leva em conta elementos importantes tais quais: que casamento é esse de que estamos falando? Quais os sentimentos de cada uma das partes envolvidas com relação à outra? Qual a relação que cada pessoa tem com a própria ideia de casamento? Como é a rotina dentro deste relacionamento?
🏠 É importante pensar a forma com que, enquanto sociedade, pensamos o que é um casamento. Uma pessoa poder contar com uma rede de apoio e estar rodeada de pessoas que a fazem bem são coisas que garantidamente trarão fatores de proteção contra o suicídio. Mas isso independe de onde esses elementos serão encontrados: se num casamento, numa relação de amizade, numa relação entre familiares, em relações de trabalho…
💍 Ao mesmo tempo, a pressão por “ter de” se casar, por si só, já pode ser nociva à saúde mental de uma pessoa. Se essa pressão culminar no início de um relacionamento onde a cumplicidade, por exemplo, fica em segundo plano, então podemos ver se desvelar um cenário onde o esse relacionamento passe a se tornar até mesmo um fator de risco.
🌈 Além disso, outros atravessamentos entram em jogo quando falamos da população LGBTQ+.
❗ Por isso, é necessária muita atenção ao olharmos esses dados estatísticos para que não pulemos em conclusões precipitadas!
❗❗ Importante lembrar, como sempre dizemos por aqui, que o suicídio é um fenômeno resultado de múltiplas causas e que não há explicação única possível para uma morte deste tipo. Inclusive, é por este motivo que sempre falamos em fatores (sejam eles de risco ou de proteção).
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