As tatuagens de ponto e vírgula se tornaram um símbolo de esperança para pessoas que sofrem de problemas mentais — e, agora, uma mulher compartilhou sua história comovente por trás de sua tatuagem.
O irmão de Hayleigh Hocking, Ben, se matou em 15 de maio deste ano, apenas 19 meses depois de terem
perdido a mãe.
Em um post de cortar o coração no Facebook, Hayleigh homenageou o irmão e a mãe e falou sobre o impacto devastador que a perda deles teve sobre ela.
Embora seu post tenha sido muito triste, ela disse que espera que seu depoimento ajude a combater o estigma sobre problemas mentais e incentive outras pessoas a buscar ajuda.
“Se eu ajudar uma pessoa neste mundo, então é o suficiente, e terei cumprido meu dever”, escreveu.
Hayleigh, de 28 anos e nascida em Melbourne, na Austrália, escreveu um post poderoso no Facebook, que foi compartilhado no site do Project Semicolon (Projeto Ponto e Vírgula).
Ela explicou como, em 15 de maio, perdeu seu irmão Ben, de 22 anos, que tinha um emprego estável, uma família amorosa e uma filha de 1 ano e meio.
“No domingo, 15 de maio, meu mundo virou de cabeça para baixo”, escreveu Hayleigh.
“Havíamos acabado de perder nossa mãe, 19 meses antes. O que mais a vida pensava que poderíamos suportar?”, disse.
Hayleigh explicou que Ben saiu de casa naquela noite e, tragicamente, nunca retornou.
Hayleigh disse que o irmão bebia apenas ocasionalmente, não estava envolvido com drogas e que parecia sempre feliz.
“Não houve sinais. Nenhum alerta. Nenhum bilhete”, escreveu. Em memória do irmão e para lembrar a si mesma de permanecer forte, Hayleigh tatuou um ponto e vírgula em seu braço.
“Fiz uma tatuagem de ponto e vírgula porque todos os dias seria fácil para mim escolher ir embora e ficar com meu irmão e minha mãe”, explicou.
“Mas escolhi não fazer isso. Escolhi ajudar agora a derrubar o estigma da doença mental.”
“Se eu ajudar uma pessoa neste mundo, então é o suficiente, e terei cumprido meu dever. Assim, a família dessa pessoa não terá de acordar todas as manhãs para o verdadeiro inferno que minha família e eu temos de enfrentar.”
Ela acrescentou que fez a opção de tentar ajudar as pessoas a entender que não deve haver vergonha de não estar bem.
“Sei que vou encontrá-los outra vez, quando for minha hora de ir para o céu, mas ainda não, ainda não”, concluiu.
A tatuagem de ponto e vírgula se tornou um símbolo relacionado à luta contra a depressão, o vício, o autoflagelo e o suicídio. Representa a vontade de uma pessoa de continuar — uma crença de que não é o fim, mas um novo começo.
O corajoso post de Hayleigh recebeu uma enxurrada de comentários e mensagens de pessoas que passaram por experiências semelhantes.
Patricia Burris compartilhou uma foto de sua tatuagem de ponto e vírgula. E escreveu: “Tentei o suicídio no ano passado, quando estava atravessando um estado maníaco. Olho para trás agora e penso em todas as pessoas que magoei. Penso em quão desolada minha família teria ficado. O que eu fiz foi ruim o suficiente. E se eu não tivesse sobrevivido? Quem sabe a dor que eu teria causado?”, questionou.
“Nunca nada deve levar alguém a acabar com a própria vida. Você pode sempre pedir ajuda ou se abrir com alguém próximo. Até mesmo buscar ajuda por meio deste grupo. Definitivamente, eu não julgaria! Tenho certeza de que outras pessoas sentem o mesmo”, disse Burris.
“Sempre existe uma mão que pode ajudar. A vida é um presente precioso. Nunca desista!”, concluiu.
Cortesia de Metro.
Caso você — ou alguém que você conheça — precise de ajuda, ligue 141, para o CVV – Centro de Valorização da Vida. O atendimento é gratuito. No exterior, consulte o site da Associação Internacional para Prevenção do Suicídio para acessar uma base de dados com redes de apoio disponíveis.