Relatos de tentativas bem ou malsucedidas de suicídios nas comunidades jovens vêm aumentando, trazendo para primeiro plano a questão de como a cidade afeta a saúde mental de seus habitantes. Muito se fala de que jogos como baleia azul estariam levando os jovens à prática do suicídio, mas, segundo o professor Paulo Saldiva, há mais do que isso em jogo. “Temos hoje uma sensação de invisibilidade urbana”, diz ele, “a cidade não favorece encontros, passou a ser mais um obstáculo para que se saia de casa e se chegue ao trabalho”. Também existe uma distância muito grande entre o que almejamos e o que podemos ter. Aliado a esses fatores, que por si só afetam a autoestima, há uma flagrante falta de perspectiva de emprego e um sentimento de perda de individualidade.
O professor entende que a vida não está fácil para os jovens, não só no Brasil como no mundo inteiro. Uma das soluções que ele apregoa é o aumento dos espaços de convivência nos centros urbanos.
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