
No Brasil, todo segundo domingo de agosto é celebrado o dia dos pais. É importante olharmos para esta data também de uma forma crítica, especialmente se trabalhamos com saúde mental.
Primeiramente, o Brasil é um país onde quase 7% das crianças não têm o nome do pai no registro (um levantamento feito em 2022 mostrou que, no primeiro semestre, foram 100.717 recém-nascidos sem nome do pai no registro dentre os 1.526.664 que aconteceram no total).
A data em si foi ideia de um publicitário em 1953. Claro que, com o tempo, ela também se tornou um momento onde famílias podem reservar um tempo para se (re)encontrar e desfrutar da companhia uns dos outros, o que é muito importante. Mas é essencial também pensar naqueles para quem esta data representa um momento de maior vulnerabilidade emocional.
Pessoas que nunca conheceram seu progenitor, pessoas que tiveram relações marcadas por violência ou abuso, pessoas que perderam alguém querido…
Nestas datas, é importante também lembrarmos das formas de cuidado que podemos ter conosco e com aqueles que estão ao nosso redor. Independentemente do bombardeio midiático que recebemos pelas propagandas ou redes sociais de como “deve ser” o dia dos pais, é essencial que cada pessoa possa encontrar formas de passar por essas datas de forma respeitosa e cuidadosa consigo mesma. Passar a data perto da família, encontrar com amigos ou simplesmente não fazer nada de diferente: todas as opções são válidas. O importante é fazermos as coisas de acordo com o que nos faz bem.
E lembre-se sempre: se você estiver passando por um momento difícil, você não está sozinho! Procure ajuda: o CVV atende ligações gratuitamente pelo número 188, e busque também conhecer o Mapa da Saúde Mental, uma lista online de serviços de saúde mental gratuitos ou a preço acessível (o link está na nossa bio!).
Redação por: @maristefani